segunda-feira, 25 de abril de 2011

Nostalgia

Basta rever os fatos, visitar a trama e ela vai estar lá
escondida atrás dos móveis ou em cima da bancada
Nostalgia...
Fácil de esquecer mas fulgaz no seu retorno
mesmo que resolvida, abandonada ou esquecida
ainda assim quando quer, amarga!

sábado, 2 de abril de 2011

A beleza das palavras


Certa vez me dei conta da importância das lembranças, já faz algum tempo...
Estava vendo alguns retratos e recordando momentos especiais na minha vida, são histórias e até, como diria guimarães rosa, "estórias" apresentadas em imagens que justificam o que eu fui e muita das vezes, o que sou.
Me veio um pensamento estranho na hora, lembro que fiquei triste por algum tempo por imaginar a importância de ter vivido alguma coisa. Parece um tanto quanto filosófico demais mas é fácil de entender.
Pois bem, vamos supor que eu não tivesse uma fotografia daquele momento, do que valeu? claro, de uma forma ou de outra eu aprendi alguma coisa, talvez tenha criado laços com alguém, talvez tenha machucado e ganhado uma cicatriz, talvez tenha aprendido a não mexer com ferro quente, ou talvez tenha aprendido a rodar pião, então sim... valeu muita coisa. Mas não é aí que eu quero chegar, quero falar só daquele momento, ele existiu mas se desfez com o tempo e assim é o mistério da vida, tempo...
Ah! mas veio um cara e inventou a máquina fotográfica! brilhante! assim esse momento não vai morrer nunca, pelo menos uma parte dele... vou poder olhar aquela fotografia e resgatar lembranças esquecidas no fundo da minha cachola, e zás! trago de volta um pedaço da minha vida. Que brilhante invenção! mas...
São só imagens, mesmo que eu as veja quinhentas mil vezes não vou poder deduzir quem era eu naquele dia... estava sorrindo, porque? ah, agora me lembro, aquela garotinha a minha direita, era o amor da minha vida até pelo menos os meus 7 anos! naquela idade, o que será que passava na minha cabeça? como eu enxergava aquilo? impossível de recordar, se a máquina de fotografar fizesse um download das informações do meu cérebro aquela hora, e baixasse na minha cachola talvez entendesse, seria mágico, maravilhoso.
Foi quando eu me lembrei de uma invenção um pouquinho mais antiga que a máquina fotográfica, a grafia!
Dessa forma simples eu aprendi a abrir uma porta para a memória do meu sub-consciente que guarda os mais valiosos tesouros do que eu pensei... e se "penso logo existo", do que eu sou!

Esse texto me veio na intenção de justificar esse quase um ano de Blog onde registro as coisas que passam na minha cabeça no momento. Leio os textos do começo do ano passado e descubro que já enxergo, ou percebo, um pouco além daquilo, mas tenho a tranquilidade de saber que pensar sobre aquilo valeu a pena algum dia. Além disso te dou a liberdade de descobrir algo mais sobre mim!
E se algum dia já não estiver mais aqui para te contar quem sou eu, você poderá descobrir através da leitura o quão louco fui, o quão apaixonado fui, o quão desatento fui, o quão desleixado fui, o quão agraciado fui, o quão amado fui, o quanto amei, entre outras... o quão Caio.. cof cof, o quão Crusoé fui! esta aí, a beleza das palavras